"Editorial"BANDIDO É HOMEM DE BEM, HOMEM DE BEM É BANDIDO
Independência ou morte? - não existe clima para suicídio, o Brasil caminha com as próprias pernas e o povo majoritariamente quer paz. Conflitos não combinam com o processo democrático que, no equilíbro dos poderes, toca o barco pra frente, mesmo com a ausencia do comandante. Jogo desequilibrado, depende agora das inteligências que, no tumulto, deixam os interesses políticos e mergulham nas águas, olhando para o futuro de quem, em casa, só fala na eleição.
V Depois do sepultamento do empresário João Lyra, decepcionado com a falta de gratidão de segmentos da sociedade, Paulão, porta-voz do Pilar, fez um desabafo. “Em Alagoas, bandido é homem de bem e homem de bem é bandido!” - gritou, por telefone, falando como principal assessor do ex-deputado. É uma opinião que, saída num momento de sentimento de morte, traduz o olhar de protesto de muitos cidadãos que vivem escondidos no retrato negro dos desconhecidos.
Poder e dinheiro administrados sem coração, longe dos princípios que só enxergam riqueza e patrimônio, só produzem tragédias. Inversão de valores que, na balança dos “privilegiados”, joga em cena canalhas que, de repente, aparecem vestidos em roupa de autoridades verdadeiras. E, do outro lado, apaga imagem de muitas pessoas que não se submetem aos interesses de ordem pessoal de quem está de cima no plantão do poder ou não aceitam caprichos individuais.