"Editorial"O poder transforma

Senador Arnon de Mello repetia que o poder é o auge de qualquer político, mas sem vaidade, preconceito, perseguição ou arrogância. Uma sala de aula onde o professor ensina aos alunos os valores decentes da vida, o caminho de uma estrada limpa, recheada de exemplos da honra e da lisura. Construiu a Organização Arnon de Mello e colocou na história um patrimônio que a Alagoas nunca esquecerá

Campanha é uma coisa, exercício do cargo outra e, antes da posse, hoje em dia, muita coisa muda - nos discursos pra envenenar multidões. Candidatos vivem personagens, como atores num papel de novela, que deixam o povo ligado na TV. É a política - um dia está alegre e, no outro, de cara roncha, prometendo aqui, mentindo acolá, na contramão dos que defendem o bem-estar da sociedade..

Bolsonaro bateu na mesa, gritou, esperneou, ameaçou decretar linha dura e, na transição, trocou de carro, depois de apurados os votos. Fala mansa, conversa com assessores para não errar, prefere não machucar ninguém e empurra a porta com cuidado. Cara feia e medidas fortes só para amansar o rebanho, marcar presença no palanque e, nas ruas, mostrar ao Brasil que o país ainda tem dono..

Os grandes do voto externaram receio, muitos deles manifestaram medo com a maneira de tratar do presidente eleito. Depois, nas primeiras entrevistas, sentiram que não é como pensavam que a banda toca. Ele é igual a todos os outros, de carne e osso, disposto a transformar o enredo do samba. Será verdade que quer o senador Renan Calheiros na oposição, como dizem os seus adversários? (No livro Repórter da Política -Tudo é mentira - No computador).